SUMMARY
O trabalho apresenta o que pode ser o papel do ceticismo para o direito no pensamento de Michel de Montaigne (1533-1592). Em primeiro lugar, discute a justiça através de uma atitude solipsista. Em seguida, identifica como pode ser configurado o direito a partir do ceticismo pirrônico do ensaísta. Argumenta-se que o ceticismo aparece como diagnóstico e como instrumento de intervenção pela justiça. Ao final do trabalho, apontamos o direito montaigniano como um instrumento de imperfeição contínua, desarticulada de qualquer base dogmática.