SUMMARY
O discurso do defensor no tribunal do júri, deve amparar-se na habilidade das argumentações necessárias à adoção da tese defendida, por meio de aprimoramento e integração com demais ciências. O tribunal do júri é um grande desafio na atuação da advocacia criminal por ter um roteiro característico e envolver participantes da sociedade diretamente nos processos decisórios. Por este motivo, o advogado de defesa necessita utilizar de inúmeros recursos que possam ser auxiliares para o reconhecimento de suas teses, dentre eles, o aperfeiçoamento e exercício de outros meios de comunicação, como não verbal. O aprendizado deste diálogo, facilita a auto percepção necessária para controlar as próprias expressões em busca de resultados eficientes e leitura das mensagens transmitidas pelo corpo de outras pessoas. Durante a interação entre os seres vivos é perfeitamente possível, com base em observações criteriosas, identificar sinais corporais positivos ou negativos para que possa acrescentar ou modificar sua mensagem de acordo com o desejado. O diálogo do corpo transmite inúmeras informações de maneira conjunta com as palavras, desse modo, desde a entrada do advogado em plenário, suas ações passarão por análises em curto período de tempo, aproximadamente noventa segundos. É inerente aos seres humanos a observação de seus pares que compartilham de um espaço comunitário. Conclui-se, que na aplicabilidade da linguagem não verbal e demais estratégias correlatas, o advogado poderá maximizar sua explanação, a fim de promover a compreensão, persuasão e adoção das teses defensivas expostas pela defesa aos jurados numa plenária do júri.