SUMMARY
O processo de globalização tem promovido significantes alterações no funcionamento das cadeias produtivas globais. Evidencia-se, como jamais visto, a exploração do trabalho pelo capital, materializada nas diversas formas de precarização das relações de trabalho. O presente estudo estrutura-se em dois eixos. O primeiro tem como objetivo analisar como as grandes empresas, objetivando reduzir os custos de produção e maximizar os lucros, se valem da exploração da mão de obra, desvinculando-se das responsabilidades perante os trabalhadores que fazem parte da sua cadeia produtiva. O segundo eixo busca analisar, de forma objetiva, em quais hipóteses estas empresas podem ser responsabilizadas pela exploração da mão de obra dentro das cadeias de produção de seus produtos. Por fim, evidencia-se o contexto em que se desenvolvem as políticas de combate ao trabalho escravo contemporâneo no Brasil, destacando os impasses até então encontrados na implementação dessas políticas.