SUMMARY
Com base nos materiais e documentos encontrados nos arquivos portugueses nas investigações realizadas durante o doutoramento da autora, este artigo tem por objetivo divulgar três manuscritos guardados na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa e apresentar indícios de que um deles, inicialmente sem autoria, também é de Manoel de Azevedo Fortes. Além disso, também são destacados elementos que mostram como se deu a inserção das discussões científicas no reino português no final do século XVII e início do XVIII e aspectos da pesquisa realizada em arquivos, que indicam a importância do acesso às fontes primárias e da investigação in loco. Por fim, conclui-se que os três manuscritos foram escritos por Manoel de Azevedo Fortes e que o conteúdo deles indica que no reino português também de discutia sobre ciências, contrariando a tese de total atraso científico português naquele período.