SUMMARY
Na história do Brasil, a Educação e a Saúde produziram encontros significativos para a construção de arranjos que possibilitaram a inserção da saúde no contexto escolar, seja como disciplina ou como componente curricular. Recentemente, o Governo Federal empreendeu programas de intersecção entre estas duas políticas, visando a produção de iniciativas voltadas à saúde dos escolares. A Base Nacional Comum Curricular e os Itinerários Formativos (IF) para o Novo Ensino Médio apresentam-se como os mais promissores ‘pontos de intersecções’ entre a Saúde e a Educação, desde a publicação da Lei De Diretrizes e Base da Educação Nacional, em 1996. O objetivo deste texto é relatar e discutir o desenvolvimento de uma proposta de unidades curriculares voltadas à vigilância e prevenção das doenças e agravos não transmissíveis, à promoção da saúde e ao desenvolvimento sustentável para os IF na organização do Novo Ensino Médio no Distrito Federal (DF). Para tanto, em 2019, foi organizado um grupo intersetorial com representantes da área de vigilância de doenças não transmissíveis do Ministério da Saúde e das áreas de saúde e educação do DF para implementação da iniciativa em unidades escolares pilotos. O trabalho está em fase inicial, mas já produziu os conteúdos da trilha e demonstrou possibilidades de abordagens dos temas da saúde como componentes da formação dos estudantes do Ensino Médio. Espera-se a produção de processos metodológicos possíveis de serem replicados em todo o país e resultados positivos para os estudantes e às unidades escolares que ofertarem a Trilha de Aprendizagem da Saúde.