SUMMARY
O presente texto traz os resultados de uma pesquisa que buscou identificar as recorrentes dificuldades encontradas por estudantes universitários no processo de aquisição da escrita, mais especificadamente de gêneros acadêmicos (artigos, resenhas, resumos, fichamento, dissertação, tese, livros teóricos, projetos de iniciação científica). Como se sabe, a graduação exige dos discentes a aquisição leitura e escrita científicas não apenas de conteúdos de textos, mas de diversas linguagens ou gêneros típicos do nível acadêmico. No entanto, essa apropriação é árdua e nem sempre bem sucedida entre os universitários. Para conhecer um pouco sobre essa realidade foi aplicado um questionário semiestruturado, composto de 7 (sete) questões, aos alunos do curso de Pedagogia do 8° e 9º períodos da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Arraias-TO. A análise dos dados baseou-se em alguns estudos sobre a escrita na universidade e o letramento acadêmico como os de Tfoune (2006), Fischer (2008), Marcushi (2003), Minayo (2012), Fiad (2011), Cunha (2012), Oliveira (2011), Marinho (2010), Almeida e Farago (2014), Souza e Basseto (2014) entre outros. Os dados coletados evidenciaram que os hábitos de leitura e escrita de gêneros textuais acadêmicos são ínfimos diante do que se espera para esse nível de ensino. Essa realidade se dá como reflexo da dificuldade de compreensão e da pouca leitura dos gêneros textuais acadêmicos (GTAs) por parte dos universitários, da escassa explanação sobre o processo de construção desses gêneros, bem como, pela forma de correção e avaliação dos gêneros acadêmicos (GTAs), considerada pelos universitários como insuficiente para o real letramento acadêmico.