SUMMARY
Este estudo objetiva analisar as correspondências e a tensão crítica e emocional que são inerentes ao livro Informe contra mí mismo, de Eliseo Alberto. Promove-se a discussão sobre sua escrita fragmentada e o componente histórico-político das cartas. Foi traçada, também, uma interconexão com as significâncias implícitas do gênero epistolar, sua legitimidade comunicativa e a escrita de si que determinam sua leitura o diálogo íntimo de Alberto, que oscila entre o privado e público, o afetivo e o denunciatório, o simbólico e o inespecífico. A análise utiliza um método descritivo, qualitativo de caráter bibliográfico com base em ensaios, textos literários, culturais e o acervo epistolário cubano recente. O conceito de gênero epistolar se fundamentou nas obras de Arfuch (2010), Haroche-Bouzinac (2016), Díaz (2016) e Todorov (2003); o afeto e a escrita de si tem como base textos de Leone (2014), Klinger (2014) e Assmann (2011). E, por último, o exílio, a literatura fragmentada e inespecífica se escora nas obras de Weimer (2008); Garramuño (2008, 2009, 2014, 2015), Ludmer (2007, 2013), e Rojas (2004), entre outros. Palavras-chave: Correspondências exílicas. Afeto. Memória. Escrita de si. Informe contra mí mismo.