SUMMARY
O tratamento dispensado às crianças e aos adolescentes pobres no Brasil é marcado, do período imperial aos dias atuais, pela repressão e controle do Estado cuja ressonância abrange o clamor punitivo de grande parte da sociedade. Outrora filhos dos ventres livres, meninos e meninas pobres padecem de um tipo de identificação como potências perigosas, que precisam de tutela, disciplina e rigorosa punição. O presente artigo busca, através de revisão bibliográfica de pesquisas e documentos históricos, identificar as formas de controle e de criminalização dessa população no Brasil, em especial no estado de São Paulo. A análise contempla instituições de educação de adolescentes e jovens que cometem algum tipo de infração, ou que, antigamente, eram tidos como indivíduos em situação irregular.