SUMMARY
Resumo: Pretendemos com este artigo analisar a atualidade da experiência da carne a partir de discursos que reinventam o corpo drag, problematizando os atravessamentos discursivos que objetivam/subjetivam esse corpo como arte e ferramenta política. Mais precisamente, destacamos os discursos que (re)inventam o corpo montado da drag Rita von Hunty. Propomos uma aproximação entre a prática de um draguerismo político com os ritos de experiência da carne, como Foucault observa no dispositivo da confissão em sua História da Sexualidade – As Confissões da Carne. Concluímos que o processo de mortificação de si e de penitência corpórea aparece atualizada como um ponto crucial para a fabricação de um corpo travestido capaz, tal qual o de Rita com seu draguerismo, de resistência e enfrentamento político.