SUMMARY
O texto apresenta, em linhas gerais, o conceito de “Multidão” desenvolvido nas obras do filósofo italiano Antonio Negri e do teórico literário norte-americano Michael Hardt. O entendimento da “Multidão” como novo “sujeito” revolucionário, formado por singularidades cooperativas e não-unificadas (em nenhuma instância), instiga a muitos e levanta críticas de tantos outros. O artigo apresenta algumas críticas ao conceito de “Multidão”, especialmente por seu afastamento/denúncia acerca da categoria de classes sociais, por sua imprecisão conceitual, por sua construção discursivo-filosófica apartada de dados empíricos sólidos e por sua aposta no espontaneidade das massas revoltosas que, sem qualquer organização política mais consistente, seriam aptas a fazer avançar uma Revolução.