SUMMARY
Este estudo toma como objeto as Folhas caídas, de Almeida Garrett, analisadas sob a ótica da dualidade confissão/simulacro do sentimento amoroso, que remete para a prática da ironia romântica e aponta para a modernidade da poesia garrettiana (no sentido de assumir o jogo da representação como forma de realizar e, simultaneamente, de questionar a criação poética). Para efetivar-se, a análise estabelece entre os poemas do conjunto relações que intentam evidenciar a constituição de um espaço dramático onde o eu-lírico se torna personagem e, através de um "monólogo em cena", manifesta a sua "confissão".