SUMMARY
O presente artigo tem como objetivo principal a apresentação de um conto de Júlia Lopes de Almeida que esteve até então ausente da fortuna crítica da escritora carioca. Na perspectiva de resgate de obras de autoria feminina, propomos uma leitura do conto “O último capítulo”, que foi publicado em 1916, em Lisboa, na revista Atlântida. Entendendo a importância dos jornais e periódicos como espaços primordiais para a divulgação de obras escritas por mulheres e, por conseguinte, para o reconhecimento das escritoras da Belle-Époque, foi feita uma breve apresentação do projeto cultural da revista luso-brasileira Atlântida, que circulou mensalmente entre 1915 e 1920. Em seguida, pelo prisma da crítica feminista e de alguns conceitos propostos por Roland Barthes, procede-se à análise do conto.