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Vozes do Necrotério Social: o que pessoas em situação de rua têm a falar?

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Este artigo tem como objetivo problematizar, sob uma ótica de(s)colonial, a lógica da colonialidade que impera sobre as pessoas em situação de rua no Brasil. Para tanto, nos pautamos em Maldonado-Torres (2007, 2017, 2018), Quijano (2007), Spivak (2010), Mbembe (2016), entre outros/as. Trazemos um apanhado geral sobre as pessoas em situação de rua no país, discutindo o processo de desumanização e morte desses sujeitos e problematizamos a condição de fala da pessoa que se encontra socialmente morta. Apresentamos, então, duas narrativas de pessoas em situação de rua, buscando compreender o que esses indivíduos têm a falar, pois é preciso combater o silenciamento que está intricado em grupos sociais minorizados. Essas narrativas foram construídas por meio de conversas realizadas em duas instituições que atendem pessoas em situação de rua em uma cidade de médio porte do Estado de Goiás. Ao trazer à tona essas vozes do necrotério social (REZENDE, 2017), empreendemos um esforço de(s)colonial, na expectativa de possibilitar que a sociedade que assiste, ou até mesmo pratica, violência e morte desses indivíduos consiga construir um atitude mínima de solidariedade emocional com essas vítimas (MAYA NETO, 2018).

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