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Sobre a arte de criar rascunhos: a tradução segundo Jorge Luis Borges

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DOI: http://dx.doi.org/10.5007/1980-4237.2013n13p132As reflexões de Jorge Luis Borges sobre o fazer tradutório se manifestaram de forma irregular em sua obra – seus textos tratando do assunto são independentes, as temáticas são distintas e cada um deles pertence a um período diferente. Além disso, Borges apresenta, em seus textos, reflexões de cunho teórico sobre a tradução, sem nunca, no entanto, ter desenvolvido uma teoria própria. Talvez seja por isso que suas reflexões no âmbito dos Estudos da Tradução ainda estejam tão à margem, beirando quase o desconhecimento, se comparadas às de autores como Friedrich Schleiermacher e Hans Vermeer. A fim de contribuir, mesmo que timidamente, para o reconhecimento do pensamento borgeano sobre tradução, bem como despertar o interesse do leitor pelas complexas reflexões desse autor, nos deteremos a seguir em quatro de seus principais ensaios que abordam o tema: “Las dos maneras de traducir” (1926), “Las versiones homéricas” (1932), “Los traductores de las mil y una noches”(1934) e “Pierre Menard, autor del Quijote” (1939). Alguns de seus apontamentos serão analisados à luz dos conceitos de traduzibilidade, de Walter Benjamin, e de dialogismo, de Mikhail Bakhtin. Dessa forma, pretendemos apresentar, neste artigo, uma nova leitura dos textos de Borges, tendo como base um pensamento do próprio autor: de que como todo escrito, inserindo-se aqui a própria tradução, este artigo nada mais é do que um mero rascunho, em constante processo de recriação.Jorge Luis Borges' reflections on translation are distributed irregularly throughout his work – his texts on the subject are independent from each other their topics differ, and each of them belongs to a specific time period. Plus, in such texts Borges presents theoretical  reflections on translation, despite not having developed any particular theory. Perhaps this is why his thoughts are still so marginal in the field of Translation Studies, almost unheard of if compared to those of authors such as Friedrich Schleiermacher and Hans Vermeer. In order to contribute, though timidly, towards a wider recognition of Borges’ reflections on translation, and to stimulate the reader’s interest in the complex thoughts of that author, this article presents an analysis of four of Borges’ most important essays on the topic at hand: “Las dos maneras de traducir” (1926), “Las versiones homéricas” (1932), “Los traductores de las mil y una noches” (1934) and “Pierre Menard, autor del Quijote” (1939). Some of his observations will be analyzed in light of the concepts of translatability, by Walter Benjamin, and dialogism, by Mikhail Bakhtin. Therefore, we aim at presenting a new reading of Borges’ writings,  one that can be understood by means of a thought by Borges himself: that like any other text, translations included, this article is itself nothing more than a mere draft under a constant process of recreation.Keywords: Jorge Luis Borges; Translation; Translation studies.

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