SUMMARY
Proponho discutir noções de performance na prática das batalhas de poesia (poetry slam), indo além do sentido artístico para expressar demandas identitárias e comunitárias, com foco nas comunidades com participação exclusiva de minorias, especificamente o slam de mulheres. As batalhas de poesia surgem como lugar de uma performance de poesia que aciona, compartilha e corporifica memórias individuais e coletivas. Inserida no contexto de disputa, a performance adquire conotações políticas ao reverberar demandas de minorias, narrativas de identidade e resistência. São narrativas de autorrepresentação sintetizadas na escrita, na performance e no corpo através de uma experiência que revela produção e troca de saberes subjugados.