SUMMARY
Este artigo propõe uma quinta capa para Álbum de família de Nelson Rodrigues. Iniciamos resgatando proposições de Lejeune (2014) e Doubrovsky (2014) quanto à autobiografia e à autoficção. Revisitamos a proposta de Colonna (2014) quanto a categorias autoficcionais. Buscamos em Barthes (2001) sua advertência quanto ao discurso não conter pensamentos táticos de realidade. De Rilke (2009), acolhemos sua recomendação sobre a escrita literária ser um impulsona vida de quem a ela se aventura. Apoiados por Lebrun (2009) que considera que o motor de uma ação é o objeto de uma pulsão e impactados pelas obsessões da vida de Nelson presentes em seu Álbum especulamos se nessa obra haveria algo de ordem pulsional que justificaria a existência de uma quinta capa para a obra em análise.