SUMMARY
O objetivo deste trabalho é interpretar o(s) sentido(s) que José Reginaldo Gonçalves atribuiu ao termo “retórica” ao analisar os discursos do patrimônio no Brasil, nas décadas de 1930 a 1980, defendendo que são caracterizados por uma “retórica da perda”. As reflexões orientaram-se por identificar se o autor assumiu tais discursos no sentido da “retórica aristotélica” (com argumentos bem fundamentados), ou da “retórica sofística” (caracterizada como enganosa). Num segundo momento, busquei identificar e analisar como sua tese é apropriada em trabalhos acadêmicos subsequentes. Tanto as reflexões como a análise da apropriação de sua tese por outros, indicaram a prevalência da retórica sofística.