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Padrão de vítimas e lesões no trauma com motocicletas

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Introdução: No Brasil, um a cada nove pacientes hospitalizados é vítima de acidente de trânsito. O impacto desses números implicam repercussões econômicas, sociais e administrativas. Objetivos: Levantar dados epidemiológicos sobre as vítimas de eventos traumáticos com motocicletas encaminhadas para um hospital terciário (Conjunto Hospitalar de Sorocaba), descrever as lesões encontradas e discutir o impacto na qualidade de vida dessas vítimas. Método: estudo prospectivo que incluiu vítimas de trauma envolvidas em acidentes com motocicletas, no período de abril a setembro de 2013, referenciadas a um hospital de nível terciário. Para a coleta de dados, foi elaborada ficha padronizada com escores de trauma, seu mecanismo e descrição das lesões. Resultados: Um total de 143 pacientes foram analisados: 83,2% homens e 16,8% mulheres, com o predomínio do grupo etário entre 20–29 anos (49,6%). O uso de capacete foi relatado em 98,5% dos casos. O gênero masculino representou cerca de 86% na categoria de condutor da motocicleta. Os principais mecanismos de trauma foram colisões (72,7%), seguidas de queda da motocicleta (15,4%). Quanto às lesões, as mais encontradas foram as escoriações (72,9%) e os ferimentos corto-contusos (13,8%). Os segmentos anatômicos mais acometidos foram os membros superiores e inferiores, representando 83% dos casos. Pacientes foram avaliados quanto ao Revised Trauma Score (RTS); as vítimas com RTS=12 somaram 97,9%, o que sugere gravidade relativamente leve da maioria dos pacientes. Conclusões: Os achados do presente estudo, quanto ao padrão majoritário das vítimas de acidentes envolvendo motocicletas, são compatíveis com a literatura. O predomínio da população economicamente ativa do país em eventos tão onerosos e incapacitantes como os acidentes com motocicletas implica na necessidade de novas estratégias na gestão do trânsito e da saúde pública.

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