SUMMARY
Atualmente, muitos livros têm sido traduzidos para a tela, e sempre se ouve críticas comparando o trabalho literário com sua adaptação. Uma adaptação não tem que ser uma cópia do trabalho criado primeiramente, já que está sendo traduzido para outro sistema de signos. Como uma adaptação fílmica é uma transmutação de um texto verbal em um não-verbal, ela tem sido há muito tempo considerada como algo que muda o texto criado primeiramente e, por isso, o que hoje é chamado de tradução intersemiótica, durante anos não foi considerado tradução. Assim, apoiado em Jakobson (1991), esta pesquisa parte do pressuposto de que a adaptação fílmica é tradução, e adota o livro de J.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis: a sociedade do Anel, e o filme homônimo de Peter Jackson como corpus da análise. Certamente há um grande número de símbolos no filme e, dentre estes, o Anel é obviamente o mais relevante. O objetivo deste trabalho não é fazer nenhum juízo de valor entre o Anel do livro e o do filme, mas analisar as estratégias usadas pelo diretor para traduzir tal símbolo para a tela.