SUMMARY
As intenções de se explicar o Ser esbarram, não raras as vezes, num problema fulcral para a Filosofia ocidental: a disputa entre a permanência, em Parmênides, e a impermanência, em Heráclito. Acontece que tal disputa não ficou restrita a ambos os filósofos pré-socráticos, pois que se configurou como ponto fundamental dos filósofos posteriores: de Platão-Aristóteles a Kant-Hegel. O que traz este artigo é uma abordagem, no horizonte da poética, desta disputa a fim de apresentar o mito da Casa da Pedra, do povo indígena M?ky, como arquétipo do drama humano, a favor de Heráclito, confirmando a errância como vereda fundamental da existência.