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Kate Millet, Sexual Politics e os diálogos entre diferentes paradigmas e ondas feministas

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Este artigo revisa os impactos do livro Sexual Politics (1970), de Kate Millet para a área dos estudos feministas e de gênero nas décadas que seguiram sua publicação, ou seja, os anos setenta, principalmente em pesquisas desenvolvidas no campo literário. A proposta é apontar os indícios que Millet apresenta naquele momento quanto à pluralidade que futuramente viria a marcar de forma determinante os conceitos de ‘mulher’/ ‘mulheres’ dentro das teorias feministas. Millet busca demonstrar como se organizou a revolução sexual no contexto anglo-americano, branco e, em sua maioria, heterossexual, mas por um panorama bastante pormenorizado. Dessa forma, através da rediscussão de seu texto, busco colocar o mesmo em diálogo com a produção de outras teóricas que revisaram as estórias do feminismo pela perspectiva histórica, como Clare Hemmings e a produção teórico-crítica das mulheres de cor estadunidenses, principalmente de Anzaldúa. A partir destes diálogos concluo que, ainda que o foco central de Millet não tenha sido a explosão da categoria ‘mulher’, através da visão de diferentes agendas revolucionárias, as pluralidades que marcariam a construção do sujeito do feminismo já permeavam seu texto, ideia que só mais tarde se tornaria central ao pensamento feminista.

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