SUMMARY
RESUMO: A oralidade está presente nocotidiano de todos os falantes, natural e espontaneamente. Essa forma deentender a oralidade permite abordá-la em sua dimensão comunicativa como meiode interação social nas situações de interlocução, conforme as condições decomunicação. Nessa perspectiva, o presente artigo traz uma reflexão sobre autilização de práticas orais nas aulas de português como segunda língua noInstituto Nacional de Formação Continuada de Professores e Trabalhadores daEducação (INFORDEPE) em Díli, capital de Timor-Leste. Para demonstração disso, destacamos uma experiênciacom os gêneros orais discursivos ‘conversa’ e ‘diálogo’ na perspectivaBakhtiniana. As atividades realizadas favoreceram uma conscientização dassingularidades da prática discursiva oral e permitiram uma reflexão sobre opapel da língua portuguesa, naquela realidade, baseada em seus aspectossócio-históricos e culturais. Para tanto,tem como essencial, as contribuições de Mikhail Bakhtin (1992; 1998; 2003; 2006)ao afirmar que a interação verbal e seu caráter dialógico apontam para umaabordagem histórica e viva da língua, culminando no enfoque social dasenunciações. Portanto, o objetivo principal é destacar a importância doplanejamento de atividades que focalizem a oralidade, incluindo a conversa e odiálogo na sala de aula. Dessa forma,acreditamos que a prática docente pode fazer esse tipo de investimento,tornando-o ponto de partida à valorização da realidade linguística dos sujeitosalém da contribuição ao processo de ensino aprendizagem.Palavras-chave: Ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa; oralidade; gêneros discursivos; conversa; diálogo.