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Das raízes viajantes ao nomadismo imobilizador: escalas da mobilidade humana na literatura brasileira contemporânea

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Travessias, viagens, deslocamentos constituem os fios condutores de uma parte significativa das narrativas brasileiras contemporâneas.  A presença  recorrente e simbólica de espaços de dispersão e encontros como aeroportos, terminais de ônibus e metrô, rodoviárias, assim como a preferência por personagens erráticos, desenraizados, cosmopolitas indicam a opção por uma perspectiva  calcada no movimento em detrimento  da prerrogativa da fixidez, da habitação. Diante disso, o objetivo deste estudo é, num primeiro momento, identificar como essa temática se desdobra em duas possíveis escalas de mobilidade, aqui denominadas de raízes viajantes e nomadismo imobilizador, que podem ser abstraídas a partir das razões pelas quais as personagens dessas narrativas são lançadas ao trânsito e ao fluxo contínuo e como se reconhecem ou não nesse movimento; e, num segundo momento, pensar como essa perspectiva da mobilidade mantém estreita convergência com modos específicos de se compreender a cultura contemporânea, agenciados principalmente pelos estudos pós-coloniais e multiculturais.

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