SUMMARY
Em trabalhos anteriores (RODRIGUES, 2006; 2009; LONGHIN-THOMAZI; RODRIGUES, 2011; RODRIGUES; COELHO, 2012), está proposta uma relação entre as construções verbais paratáticas (CVPs) e construções coordenadas, tendo em vista que essas construções compartilham propriedades sintáticas e pragmáticas. Considerando o compartilhamento de propriedades como indício de um processo de gramaticalização, partimos de dados do português de diferentes sincronias para analisar, além de casos de construções coordenadas e CVPs, construções ambíguas, intermediárias entre coordenação e CVPs, com o objetivo de discutir evidências históricas da emergência das CVPs a partir da coordenação.