SUMMARY
Consideramos tratar do Teatro de Grupo como tendência inovadora das artes cênicas por assumir papel significativo para pensar a emergência de cenas político-culturais pela experiência estética, com produções variadas, potentes, criativas e provocadoras com fortíssimo apelo das dissidências sexuais e de gêneros. Este texto se fundamenta por trazer à tona esta experiência denominada de “(tecno)cena” com a qual a Companhia Ateliê Voador de Teatro marca presença, ao apresentar outras subjetividades entrelaçadas ao espaço da misoginia, do sexismo e do racismo, denunciando o imobilismo, os inúmeros preconceitos enraizados no âmago de nossas práticas cotidianas e banais. A questão de revisitar a leitura dramática da Companhia em O diário de Genet, do dramaturgo Djalma Thürler, é perceber como a leitura apresenta uma estratégia crítica e poética pelas facetas dos referenciais de sujeitos, implicando uma “dramatização de si”. A análise convida posicionar com Foucault (2003), Butler (2003), Rolnik (2008), Doubrovsky (1988), Barthes (2008) a “tecnologia política do corpo”, a arte-corpo híbrida em seus lugares de enunciação.