SUMMARY
O presente artigo tem por objetivo analisar alguns poemas da coletânea Rilke Shake (2007), livro de estreia da poeta gaúcha Angélica Freitas. Afirmando-se como uma das vozes mais marcantes da poesia contemporânea brasileira, Freitas dialoga constantemente com o cânone literário utilizando-se da ironia e da coloquialidade. Além de investigar o humor afiado presente nos textos, que explora as fraquezas da própria literatura, este trabalho também quer compreender os poemas Rilke Shake a partir da ideia de “devoração” sob o pensamento antropofágico, expressa nas postulações de Oswald de Andrade, bem como pensar sobre as críticas à política e à linguagem concebidas por Freitas em seus versos.