SUMMARY
Em tempos nos quais saudar torturadores tornou-se exercício comum a candidatos eleitos na democracia procedimental brasileira, negar o pensamento crítico como manutenção de discursos e práticas autoritárias se configura em projeto para uma nação desmemoriada. O espaço que se pensa pela e para a classe dominante é aquele que explore de modo eficiente a força de trabalho em um constante estado de exceção, que contrapõe o bem-estar e a criatividade humana, em prol do crescimento econômico, sempre pífio no contexto de crise estrutural do capital. Nesse sentido, o presente artigo argumenta sobre a importância das aulas de Geografia na contraposição ao autoritarismo e destituição do pensamento crítico, representados pelo combate ao marxismo, fortalecimento do agronegócio e negação dos direitos trabalhistas. Portanto, parte-se da compreensão de que a crítica do discurso geográfico envolve a compreensão de que não se formula uma teoria a partir da descrição da realidade imediata, mas através da transformação histórica do real, em uma contínua relação entre prática e reflexão.Palavras-chave: Trabalho, Espaço, Pensamento Crítico, Aulas de Geografia.