SUMMARY
O artigo apresenta uma análise do discurso verbo-visual da minissérie brasileira Amorteamo com o objetivo de estudar os sentidos produzidos pela materialidade audiovisual e suas relações dialógicas na diegese. A discussão se baseia nos estudos de linguagem de Bakhtin e na Análise de Imagens em Movimento de Diana Rose. Por meio da análise emergem o grotesco e a cosmovisão carnavalesca como eixo articulador do discurso verbo-visual da vinheta, da construção de personagens e das sequências cênicas. Os resultados apontam não apenas para hibridização de gêneros, mas também sugerem tensionamentos entre os regimes de criação estética tidos como hegemônicos e o popular massivo.