SUMMARY
Neste artigo procuro refletir sobre a politização da arte carnavalesca nos desfiles do grupo especial do Rio de Janeiro e o protagonismo assumido pelas escolas de samba no debate de questões da atualidade brasileira. Busco, também, localizar as marcas desses protestos, nos últimos anos, frente ao contexto cultural, social, econômico e político que influencia as escolhas estéticas das agremiações. A partir desse panorama investigo o diálogo entre o conceito de receptibilildade tátil e a teoria dos afectos para discutir o impacto da produção artística das escolas no processo de conscientização política e identitária, no fomento ao pensamento crítico e engajamento com questões sociais, no espectador e na massa.