SUMMARY
Apresentando a Educação em linguagem metafórica, como uma “paciente” contaminada pelo novo Coronavírus ou SARS-CoV-2, causadora da doença Covid-19, o presente trabalho busca descrever e refletir sobre o cenário da educação no DF antes e após a chegada da pandemia. A Educação, sofrida cidadã candanga, devido as suas comorbidades, passou a integrar o grupo de risco durante a pandemia da Covid-19. Foi infectada pelo novo Coronavírus e, devido a suspensão das aulas presenciais, sentiu falta de ar, necessitando de internação para fazer uso do respirador. A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) levou certo tempo para se organizar e reagir face ao novo contexto sanitário. A impossibilidade da aula presencial obrigou o governo a criar novas estratégias de ensino e a adotar um protocolo experimental. Entretanto, esse protocolo trouxe efeitos colaterais que poderiam agravar a desigualdade já existente na educação ou mesmo levar os mais vulneráveis à evasão ou abandono dos estudos. Este trabalho é um relato de experiência de um professor que, lotado no nível intermediário da gestão pedagógica, vivenciou os efeitos da pandemia na educação, testemunhando encontros e desencontros nas ações da SEEDF. O texto descreve a realidade da educação antes da pandemia, as medidas adotadas pelo governo após a chegada do novo Coronavírus e suas consequências, os impactos dessa pandemia no emocional dos atores envolvidos e na educação. O texto tem como objetivo levar o leitor a uma reflexão sobre a prática do ensinar e a reinvenção da educação para o novo normal no pós-pandemia. Palavras-chave: Educac¸a~o. Covid-19. Pandemia. Ensino à Distância. Tecnologias Digitais.