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Reprodução, Partos, Maternidades e Paternidades: Perspectivas Contemporâneas em Antropologia e Saúde

SUMMARY

A maternidade compulsória e a naturalização do amor materno enquanto instintivo são alguns dos papéis atribuídos às mulheres a partir da modernidade (BADINTER, 1985). No mesmo sentido, passaram a emergir uma série de normas, condutas e imposições sobre o corpo da mulher, que encontraram no campo científico seu instrumento legitimador, sendo a dinâmica dos sistemas de saúde e da própria ciência construídas segundo a dinâmica das relações de gênero impostas na sociedade. A ginecologia e a obstetrícia, enquanto campos da ciência e prática de cuidado com a saúde e o corpo, são parte desta dinâmica social de diferenciação de sexos e de gêneros, e, desde o século XIX, atuam desde uma materialização e “substancialização da diferença” (Rohden, 2001, p. 13). Portanto, além das mulheres serem compelidas a conduzirem suas vidas em conformidade com a ordem namorar, casar e ter filhos, quando elas os têm, ainda enfrentam uma série de desafios, os quais buscamos abordar e visibilizar neste número especial sobre Reprodução, Partos, Maternidades e Paternidades.

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