SUMMARY
Este artigo reflete sobre a linha da vida enquanto teoria e prática feminista, explorando sua potencialidade na geração de dados etnográficos e seus efeitos na construção performativa da esperança. Seu uso enquanto metodologia de pesquisa, motivado pelas experiências das autoras e por pressupostos metodológicos feministas, possibilita uma construção narrativa multimodal e coletiva que enseja efeitos como a tomada de consciência sobre si, a formação de vínculos e a construção de estratégias de ação política. Argumentamos que, enquanto metodologia, a linha da vida permite vislumbrar a costura entre trajetórias textuais, corporais e materiais, e implica numa postura ética de participação e questionamento dos procedimentos de pesquisa, oportunizando uma experiência etnográfica colaborativa.Palavras-chave: Etnografia; metodologia; feminismo; pragmática.