SUMMARY
O artigo objetiva discutir o acesso à carreira diplomática no Brasil, através da análise do perfil de candidatos e aprovados no período de 2014 a 2018. A Teoria da Desigualdade, de Charles Tilly, foi o pressuposto teórico adotado, suportado pelas teorias de Göran Therborn e Pierre Bourdieu. Os Guias de Estudo, documentos elaborados pelas turmas de aprovados, foram a principal fonte de dados. Conclui-se que o perfil atual do diplomata brasileiro se configura pelas seguintes características: homem, branco, advogado ou internacionalista, oriundo da região Sudeste, que pôde dedicar-se integralmente à preparação para o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD) sem trabalhar e que teve condição de acessar o conhecimento exigido à carreira através das instituições escolares, culturais e de cursinhos preparatórios.