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A loucura entre nós: A epidemia em O Horla, de Guy de Maupassant, e na política atual do novo coronavírus

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Através do estudo da vertente fantástica no escritor francês Guy de Maupassant, o presente artigo se dispõe a analisar a presença do tema da epidemia em sua novela O Horla, produção de grande importância em meio ao seu rico repertório literário. Em um paralelo com a obra, será abordada a atual pandemia de coronavírus, em um estudo de diferentes medidas adotadas por países que se destacaram no combate ao vírus. Enquanto alguns governos tiveram resultados encorajadores desde o início do surto da doença, outros apresentaram diversos problemas na contenção do vírus, que revelou deficiências profundas na liderança de certas nações. Em uma abordagem intimista, a obra de Maupassant traz um ser de fora que ameaça a segurança de seu personagem, em um fenômeno que ele identifica como uma epidemia de loucura que, na narrativa, teria origem no Brasil. Na atualidade, essa passagem ganha vida na maneira como certos países lidaram com a crise em suas mãos. Tendo como estratégia presidencial um negacionismo extremo, esse fenômeno se mostrou bastante presente em governos como os do Brasil e dos EUA, que se apoiaram em um discurso cada vez mais distanciado da perspectiva científica. Em meio ao caos surgido da atual pandemia, O Horla mostra seu caráter atemporal.

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