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O “antipsicologismo” em Husserl e Heidegger: da consciência ao dasein

SUMMARY

O nosso objetivo é propor um diálogo entre Husserl e Heidegger relacionando-os a partir da crítica que estes filósofos apresentam à investigação de viés naturalista acerca do homem, predominante na tradição filosófica. Para Husserl, o domínio do naturalismo representa a influência da Psicologia Experimental na filosofia, Heidegger, por sua vez, destaca a temática antropológica encontrada na história da filosofia. De acordo com o primeiro, o “psicologismo” acarreta na redução do homem aos seus componentes empíricos, para o segundo, o “antropologismo” equivale a um processo de coisificação do homem. O “psicologismo” e o “antropologismo” são reflexões inadequadas pois equiparam o homem ao objeto natural, isto é, são reflexões que não consideram o verdadeiro sentido de ser do homem, ignorando a consciência intencional e a existência. Logo, Husserl e Heidegger compartilham a tentativa de fazer a filosofia retornar sobre aquele âmbito que compõe propriamente o homem, ou seja, ambos filósofos defendem a desnaturalização da reflexão e desenvolvem a fenomenologia como o exercício de tal retorno.

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