SUMMARY
Neste trabalho, faremos uma análise do conto Vanitas de Almeida Faria. Nele, o autor imagina um insólito encontro entre o fantasma de Calouste Gulbenkian e um pintor que organiza sua exposic¸a~o no palacete do mecenas em Paris. A partir daí, um diálogo (que mais se assemelha a um monólogo) se estabelece e o espectro, envolto numa aura evocada pelos objetos e elementos arquiteturais presentes naquela casa, conta sua vida (e morte) e sua paixa~o pelas artes plásticas, remetendo a`s pinturas femininas que fazem parte da sua colec¸a~o e sa~o reproduzidas ao longo do livro. Além disso, em sua segunda publicac¸a~o, foi acrescentado o tríptico Vanitas de Paula Rego, baseado no conto. Buscaremos, portanto, apontar alguns elementos que nos parecem importantes para compreensa~o do enredo, e concluiremos com um comentário em torno das vanitas, tanto na sua concepc¸a~o original, como no conto de Almeida Faria e no quadro de Paula Rego.