SUMMARY
Algumas produções artísticas contemporâneas, em especial as intervenções urbanas, são objetos que nos permitem refletir sobre o que Jacques Rancière denomina “regime estético das artes”, por configurarem-se como “aberturas” cujos sentidos só podem ser elaborados coletivamente e em consideração com o espaço em que se realizam, a cidade. Neste artigo, reflito sobre três intervenções urbanas que tem em comum a utilização de narrativas audiovisuais em sua constituição, sendo denominadas por grande parte da crítica como experiências de “audiovisual expandido” – Cubo, intervenção multimídia coletiva (que tem à frente o BijaRi); Suaveciclo, ação do VJ Suave; e Pedra das culturas, videomapping de Fernando Salis – com o intuito de compreender como essa utilização renova a própria concepção de audiovisual e possibilita distintas formas de interação entre as produções audiovisuais, o espaço em que estas são exibidas e o público que as acompanha.