SUMMARY
Este artigo analisa os argumentos em torno da experiência de ocupação e uso da Paulista Aberta para avançar uma compreensão acerca de políticas de desenvolvimento urbano e seus efeitos. Seguimos a analítica arqueológica inspirada em Michel Foucault, abordagem que se debruça sobre discursos de forma a compreender as formações ali presentes a partir da identificação de seus enunciados. No tocante à Paulista Aberta, há uma clara disputa espacial, com hierarquias de poder sendo desafiadas por uma ênfase em pedestrianismo, ciclismo e lazer. Porém, apesar de haver discursos favoráveis e desfavoráveis, tais discursos não se configuram como sendo antagônicos. Este trabalho é um ponto de partida crítico à investigação das relações de poder imbricadas nas lógicas de produção social desse espaço.