SUMMARY
Este texto nasce inicialmente elaborado para uma apresentação no Ler, festival do leitor, realizado na Biblioteca Parque e no Campo de Santana, no dia 20 de novembro, do corrente ano, no Rio de Janeiro. Integrei a mesa intitulada escrituras negras: ancestralidade, memória e autoconhecimento. Tive a grande honra de compartilhar a fala com as professoras Carolina Rocha e Janete Santos Ribeiro. A simbologia e representatividade da data – onde é celebrado o dia da Consciência Negra – me levaram a desejar homenagear as mulheres negras que tem contribuído para minha trajetória acadêmica e de vida. Interessava-se também oportunizar reflexões, embora breves, sobre a história recente do movimento de mulheres negras no Rio de Janeiro. Venho, há algum tempo, me debruçando a respeito dos estudos e reflexões sobre autoetnografia. Assim, decidi recorrer – de forma inspiradora, embora sem citar os autores - a esta teoria ainda pouco aprofundada, no Brasil, para dar apoio às minhas reflexões sobre as mulheres com as quais tenho dialogado e assimilado seus conhecimentos, desde a infância.