SUMMARY
Narrada em termos de naturalidade e desinteresse pelos cronistas da bossa nova, a parceria musical do poeta Vinicius de Moraes com o compositor Antônio Carlos “Tom” Jobim, iniciada em 1956, marca uma grande novidade na interação entre intelectuais eruditos e músicos populares no Brasil. Sua estreita ligação com a política e a indústria cultural, em âmbito nacional e internacional, estabeleceu um mecanismo de trocas em que, de maneira inédita, o erudito acessou o capital específico da cultura massiva, enquanto o popular assumiu protagonismo político e estético na representação da cultura nacional.