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Modernismo e internacionalismo como programa: o compositor Fernando Lopes-Graça e a sociedade de concertos Sonata (Lisboa, 1942-1960)

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Durante o século XX, não foram infrequentes as organizações musicais que respondiam às seguintes características: estarem dirigidas por compositores, dedicarem-se à produção e programação de concertos preenchidos por novas obras e terem uma dimensão local. Entre 1942 e 1960, Lisboa contou com uma organização que apresentava as características mencionadas: a sociedade Sonata, fundada pelo compositor Fernando Lopes-Graça (1906-1994), uma figura fundamental para a história da música erudita em Portugal. A relevância da Sonata tem, de facto, muito a ver com a importância que Lopes-Graça tem para a história cultural portuguesa, mas prende-se sobretudo com a atividade que desenvolveu durante perto de duas décadas. Neste artigo, debruçar-me-ei em primeiro lugar sobre o papel que Lopes-Graça teve na definição das linhas programáticas da Sonata e, em particular, sobre a forma como determinadas ideias sobre o moderno em música, desenvolvidas por Lopes-Graça nas suas colaborações jornalísticas, se plasmaram na orientação dada a esta organização musical. Centrar-me-ei ainda num outro aspecto. Refiro-me ao esforço desenvolvido por estabelecer vínculos internacionais. Estudo em particular a passagem da Sonata pela Sociedade Internacional de Música Contemporânea (SIMC). Utilizo como fonte primaria principal o arquivo administrativo da sociedade, conservado na Academia de Amadores de Música, em Lisboa. Como apéndice, o artigo proporciona o listado do repertório completo interpretado nos concertos da Sonata em Lisboa.

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