SUMMARY
Este trabalho visa à leitura contrastiva das narrativas de A selva (1930), de Ferreira de Castro, e de Selva trágica (1956), de Hernâni Donato. Tomando como ponto de partida a obra do escritor luso-brasileiro, procuramos restabelecer a produção de sentidos que sua narrativa provoca, aguçando a perspectiva do leitor em confronto com a obra do escritor brasileiro, pois trata-se de relatos de vigorosa denúncia num contexto de extrativização da selva. Daí que, pelo viés comparatista, numa reflexão da tematologia, ambas as propostas estéticas se mostram como de grande produtividade tanto pelo seu projeto histórico-social, quanto pelos elementos de sentido que resultam em fecundas narrativas cuja relação texto vs. contexto revela a atualidade e a pertinência das obras analisadas.