SUMMARY
O presente estudo avaliou a freqüência de queixas subjetivas e o julgamento dos pacientes em relação às próteses totais por eles utilizadas. Foram entrevistados 103 pacientes, em períodos que variavam entre 1 e 11 anos após a instalação das próteses. Dos pacientes entrevistados, 74% e 64% ainda utilizavam as próteses superior e inferior, respectivamente. Dos pacientes que ainda utilizavam a prótese superior, 38,2% consideraram essa condição regular ou ruim, enquanto 48,5% julgaram a prótese inferior regular ou ruim, sendo que as queixas mais freqüentes foram relacionadas a problemas de retenção e estabilidade para a prótese superior e de retenção, estabilidade e traumatismos para a prótese inferior. Dentre todos os pacientes com queixas subjetivas em relação às próteses, os motivos para a não substituição das mesmas relatados com maior freqüência foram a falta de motivação do paciente, falta de tempo para se submeterem ao tratamento e dificuldades financeiras. Dentre os motivos relatados com maior freqüência para a não utilização da prótese, foram problemas de traumatismo e estética relacionados à prótese superior e deficiências relacionadas a traumatismos, retenção e estabilidade da prótese inferior. Os resultados reforçam a necessidade do controle posterior e acompanhamento periódico do tratamento. Além disso, o conhecimento das necessidades e limitações individuais de cada paciente em particular é essencial para o sucesso do tratamento com próteses totais.