SUMMARY
Partindo de algumas considerações iniciais sobre o desenvolvimento da crônica, o ensaio propõe a leitura de três textos aparentados pelo recurso à retórica da viagem: “El cinematógrafo” (1896), do mexicano Luis Urbina, “Moléstia da época” (1907), do brasileiro Olavo Bilac e “En el cine” (1913), do mexicano Ramón López Velarde. As crônicas testemunham o impacto causado pelo novo espetáculo e sua percepção como viagem ilusória ao duplo do real (Urbina), como viagem acelerada e condensada por diversos espaços, tempos, culturas e âmbitos sociais (Bilac) e como viagem programada e fabricada tendo em vista a estratificação do público (López Velarde).