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Capitalismo desenfreado: sobre rackets, cronies e mafiosos

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No início dos anos de 1940, a teoria crítica tomou emprestado o termo racket do submundo do crime urbano e o utilizou para a crítica do capitalismo monopolista, o qual era visto como uma constelação governada de modo semelhante ao das máfias. Décadas mais tarde, após as experiências do Estado de bem-estar social nos países centrais e as modernizações retardatárias na periferia, propôs-se conceitos tais como os de cronyism e mafioso State. O que essas três abordagens têm em comum é o fato de destacarem a natureza mafiosa do capitalismo, fazendo-o para distintos contextos históricos e sociais. Este artigo sugere que, mais recentemente, e de modo crescente, os rackets, cronies ou máfias se tornaram elementos estruturais do capitalismo, como havia sido observado primeiramente pela teoria crítica durante a Segunda Guerra Mundial. A fim de lançar luz sobre esse desenvolvimento, combinamos a crítica teórica e algumas visadas a respeito da fase atual do capitalismo com referências a expressões empíricas desse fenômeno.

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