SUMMARY
O artigo analisa a obra A guerra dos fazedores de chuva com os caçadores de nuvens destinada para o público infantojuvenil do angolano Luandino Vieira. Através de uma perspectiva pós-colonial, é descortinada a violência sofrida por Angola em sua colonização, culminando na luta de independência. A natureza participa ativamente dos acontecimentos, numa metáfora com a nação que passa a ser repensada e as crianças ocupam papel de destaque, sobretudo ao final da batalha. A partir do estudo, é possível reavaliar os vestígios coloniais e pós-coloniais contidos na obra, ampliando a discussão sobre os pós-colonialismos nas literaturas africanas de língua portuguesa.