SUMMARY
O presente artigo visa analisar uma decisão jurídica sobre adoção conjunta homoparental brasileira através das lentes do pensamento feminista pós-estruturalista em Judith Butler nas reflexões de “O parentesco é sempre tido como heterossexual?”(BUTLER, 2002). O trabalho pretende observar os termos do debate em que se instala a decisão, sem descuidar das críticas sobre categorização humana e essencialismos/determinismos nas interconexões dos temas da conjugalidade e parentesco homossexual. Em suma, quer questionar em que medida, especialmente no âmbito da adoção conjunta homoparental em análise, o parentesco é tido como heterossexual ou, no mínimo, adstrito aos termos da heterossexualidade normativaPalavras-chave: Adoção. Homoparentalidade. Heterossexualidade normativa.