SUMMARY
Este estudo traz evidências da força da palavra aproximando as obras Terra Sonâmbula, de Mia Couto, e A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Feita a leitura das obras, categorias comuns em que essa força se manifesta são aqui trazidas em recortes. A relevância do estudo dá-se diante da necessidade de valorizar o coletivo na cultura africana, enquanto força um olhar ao indivíduo marginalizado, personificado em Macabéa. A literatura comparada permite a valorização da própria literatura, trazendo à luz um viés social semelhante ao cotidiano de marginalização de muitos alunos. O verbo como fonte criadora permite a criação e recriação da realidade, a reafirmação de si mesmo e de uma identidade cultural, e a representação de um coletivo. A palavra constitui um poder, não só como instrumento de ascensão social, mas oferecendo domínio sobre si mesmo e o mundo, como faltava em Macabéa.