SUMMARY
Neste trabalho, tenho como principal objetivo discutir dois modelos teóricos que buscam analisar a dimensão fenomênica do ser: a ação. Mais especificamente, proponho uma reflexão acerca dos pontos comuns e das fissuras que unem e separam a teoria da ação de Erving Goffman daquela proposta por Pierre Bourdieu. Para tanto, apoiei-me, sobretudo, nos comentários e críticas deste último ao primeiro, estruturando o trabalho em duas partes. Num primeiro momento, procurei descrever e analisar as principais críticas que os dois autores fazem ao modelo objetivista de análise da ação. Num segundo momento, procurei descrever e analisar as principais críticas que Bourdieu faz ao modelo subjetivista goffmaniano, indicando os interstícios epistemológicos, ontológicos e metodológicos que o afasta dele.