SUMMARY
O artigo examina as consequências da acumulação com predominância financeira sobre a organização do mundo industrial, ao considerar o conjunto de mudanças dos processos produtivos como um desdobramento importante das alterações consolidadas pelas configurações capitalistas contemporâneas. São trabalhadas as formas segundo as quais o imperativo da acumulação pela via financeira submete as empresas industriais à sua lógica competitiva, exigindo delas desempenhos de produtividade que superem os padrões anteriormente estabelecidos pela configuração do tipo fordista. A intensão é investigar as novas Geografias dessas transformações, cujo resultado é a constituição de uma relação articulada de territórios unidos por uma divisão do trabalho turbulenta e dinâmica, num arranjo contraditório de diferentes margens espaciais de lucratividade.Palavras-chave: Financeirização; Indústria; Diferenciação espacial.